Pense em todas as imagens de greve de caminhoneiros que saem por aí. Em quantas aparecem mulheres? Talvez seja difícil imaginar essa figura, mas ela existe, só é pouco conhecida. As mulheres caminhoneiras estão crescendo na profissão, mas ainda sofrem preconceito por dirigir ainda ser mais associado ao masculino. Porém, elas são conhecidas por serem mais cuidadosas no trânsito, tomando cuidado com situações perigosas na estrada. Conheça mais dessa figura e de seus desafios neste artigo da Raízes Transporte!
Está acontecendo um aumento de mulheres caminhoneiras?
Um espaço nas estradas ainda vem sendo conquistado lentamente. Segundo o Ministério das Cidades em 2020, havia quase 160 mil motoristas femininas aptas a conduzir veículos pesados. Em comparação aos homens, esse número é muito baixo. Contudo, há uma tendência cada vez maior de que elas tomem mais espaço nos próximos anos.
Os motivos não são muito diferentes daqueles que levam os homens a entrar nessa profissão. As mulheres caminhoneiras querem ter mais liberdade. Esta pode ser financeira ou de possibilidades para escolher como, quando e onde querem trabalhar. Apesar de terem desafios, as mulheres buscam seu espaço nas profissões que proporcionam mais flexibilidade e controle sobre o próprio trabalho. A ocupação garante mais independência financeira para essas figuras, o que deixa o trabalho mais atraente.
Além disso, infelizmente, a figura da mulher ainda é muito estigmatizada. Por isso, as mulheres caminhoneiras entendem sua profissão como uma forma de empoderamento feminino. Visto que o trabalho traz mais independência e garante mobilidade para a mulher.
Quais os principais desafios das mulheres caminhoneiras?
Como outras mulheres em um ambiente ainda majoritariamente masculino, a principal barreira é o preconceito. Mulheres ao volante recebem constante desconfiança e são alvo de piadas. Quando se fala em caminhões, muitos não esperam que a mulher tenha força suficiente para conduzir esse tipo de veículo. Alguns já evoluíram dessas concepções, mas, infelizmente, ainda não são maioria.
Esse preconceito é levado pela ideia do “lugar” da mulher. Essa ideia patriarcal aponta que as mulheres devem trabalhar em profissões que as mantenham mais próximas de casa. Assim, poderão cuidar da família e dos filhos, por exemplo. Ou que a vida na estrada não seria para “mulheres direitas”. Essa concepção de que toda mulher pertence ao lar afeta a contratação de mulheres em todos os setores.
Além do preconceito, há os perigos da estrada. Não se trata apenas de roubo ou furto. No caso das mulheres caminhoneiras, há a questão do assédio masculino. Isso pode colocá-las em risco nas estradas e em situações constrangedoras nas empresas para quem trabalham.
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